terça-feira, 25 de maio de 2010

DISCURSO DE WILMA FAZ HENRIQUE REAGIR EM TOM DE AMEAÇA.


A aliança em torno da candidatura à reeleição do governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) passou por um dia de descompasso ontem. É que tanto o próprio Iberê como a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) afirmaram que, a despeito da aliança firmada entre PR, PMDB e PV no campo proporcional, ainda acreditam na possibilidade do Partido da República, do deputado João Maia, vir a compor a chapa majoritária do grupo, impedindo, assim, a permanência do pacto acordado. Ontem, Wilma de Faria declarou, na rádio 96 FM, que acredita na possibilidade do deslocamento do PR para o campo majoritário. “A gente tem sentido que isso é possível”. A reação tanto do PMDB, como do próprio PR, foi imediata.

O presidente estadual do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo Alves afirmou que “essa infeliz declaração da ex-governadora Wilma de Faria é um desrespeito a atitudes e a compromissos assumidos por mim (Henrique Alves) e pelo deputado federal João Maia”. E acrescentou: “Não sei por quais razões querem desestabilizar a candidatura, provavelmente vitoriosa, de Iberê. O governador sabe do que estou falando e espero que os demais companheiros também saibam”, reforçou. O presidente estadual do PR, deputado João Maia, também se apressou em pronunciar sobre o assunto. Ele reafirmou em sua página no twitter que as declarações que deu à TRIBUNA DO NORTE na edição do último domingo. Disse ele: “No que depender do PR e de João Maia, a aliança com o PMDB e PV está absolutamente consolidada. Eu gostaria de reafirmar o que declarei à TRIBUNA DO NORTE”, enfatizou. No último domingo, o governador recebeu uma homenagem, na qual cerca de 13 mil pessoas comemoraram o restabelecimento de sua saúde. Durante o evento, ocorrido na casa de festas Vila Folia, em Parnamirim, o próprio Iberê Ferreira afirmou a jornalistas que acredita na possibilidade de compor o PR uma das vagas na chapa majoritária do grupo que comanda. “Nós vamos intensificar as negociações em torno dessa questão. O vice será definido entre os aliados. O PR é aliado. E eu acredito que o PR possa compor”, pontuou o chefe do Executivo Estadual. Iberê falou também, na ocasião, que não teme ser acusado de fazer campanha antecipada. Segundo ele, o evento foi realizado pelas pessoas que o acompanham e que o tem como um amigo querido. “Foi uma homenagem que eu recebi e eu jamais iria negar isso”. Indagado sobre o custo da festa, que teve como atrações o cantor Dorgival Dantas e a banda Pura Tentação, além de ter sido regada a feijoada e a bebidas diversas, assinalou: “Custou o sacrifício e consideração dos meus amigos”. Somente o partido do deputado João Maia (PR) levou ao evento cerca de 4 mil filiados, quase um terço dos cerca de 13 mil presentes, estimativa feita pela assessoria de imprensa do governador. Durante os discursos, o deputado do PR e a esposa Fernanda Maia (PR) eram cumprimentados a todo instante. Ex-governadora afirma que houve mal-entendido A ex-governadora Wilma de Faria conversou ontem à noite com a reportagem da TRIBUNA DO NORTE, após ter conhecimento das reações enérgicas de aliados às suas declarações defendendo a possibilidade de composição com o PR na chapa majoritária. Ela manteve a tese de que possa se fazer uma “rearrumação” no grupo comandado pelo governador Iberê Ferreira, mas assegurou que houve um “mal-entendido grande” entre o que afirmou e o que foi repassado ao deputado federal Henrique Eduardo Alves. “Houve açodamento em fazer esse tipo de colocação. Não houve da minha parte nenhuma intenção de desarrumar aliança do PMDB com o PR. Se o deputado Henrique estivesse aqui e me ouvido não teria reagido dessa forma. Ele certamente teria mais condições de fazer uma avaliação.”, afirmou. A ex-governadora defendeu que seja formado um conselho político com todos os partidos parceiros da aliança em torno do governador Iberê Ferreira. “É preciso encontrar uma solução. É claro que o apoio do deputado Henrique é tão importante quanto termos João Maia como vice de Iberê, mas em política a gente tem que analisar os fatos e encontrar as soluções para somar”, argumentou. Wilma de Faria assinalou também que já há conversas de bastidores que ensejam a possibilidade de uma mudança na reorganização da aliança. “Eu já ouvi muitos aliados opinarem sobre essa questão e defenderem o PR na majoritária”, disse. Para ela, há outros parceiros do grupo governista que poderiam substituir a legenda do deputado federal João Maia no acordo com o PMDB e o PV. Seria o PT?, indagou a reportagem. “É uma coisa para ser estudada. É uma coisa interna. Esses detalhes somente pode ser discutido ou falado após uma reunião com os aliados”, assinalou.

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