Mesmo antes da posse dos novos deputados, marcada para 1º de fevereiro de 2011, cinco partidos oficializaram nesta terça-feira (16/11) a formação de um blocão, que contará com 202 deputados federais, 55 deputados a menos que a maioria da Câmara.
O bloco será formado pelo PMDB, PP, PR, PTB e PSC. Com isso, o PT, que elegeu a maior bancada (58 deputados), passa a ser a segunda força parlamentar na Câmara. De acordo com a tradição da Casa, a maior bancada ou bloco partidário indica a candidato à presidência da Câmara.
“O bloco não é para confrontar, é para organizar os trabalhos nesta Casa e fora dela. Vamos atuar sempre em conjunto para ajudar a presidenta Dilma Rousseff. Vamos estar sempre alinhados aqui na Câmara e fora dela”, disse o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Segundo ele, a ofensiva visa a ajudar o governo de Dilma Rousseff. Ele também garantiu que a formação do bloco não se trata de atitude de confronto nem de conflito.
Perguntado se essa atitude não estaria isolando o PT, o líder afirmou que a sigla “será sempre bem-vinda”. O líder do PR, deputado Sandro Mabel (GO), também manteve a mesma linha conciliadora do líder do PMDB e afirmou que esses partidos têm andado sempre juntos e que a formação do bloco está na linha de entendimento e não de confronto. “Estamos apenas reeditando uma história da Casa, onde sempre se formou blocos”, completou o líder do PTB, Jovair Arantes (GO).
O blocão, que pelas regras da Câmara tem o mesmo significado de bancada partidária, terá privilégios em relação às escolhas de cargos na Mesa Diretora da Casa, na formação das 20 comissões técnicas, na indicação das presidências dessas comissões, nas relatorias de proposições, nas presidências de comissões especiais como comissões parlamentares de inquérito (CPIs), entre outros privilégios.
O PT, que fez a maior bancada na eleição deste ano, mesmo formando bloco com outros partidos que ficaram de fora do blocão, não conseguirá ultrapassar o número de 202 deputados. O PT poderá formar bloco partidário com o PSB, PDT e PCdoB. Se isso acontecer, esse novo bloco terá 165 deputados federais.
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